terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mamãe, quero ser Glam!

Quando se fala em rock´n roll, é praticamente impossível não remetermos ao visual adotado pelos seguidores deste gênero musical. E ao Glam Rock ou Glitter Rock, movimento surgido na Inglaterra no início da década de 70, é que devemos essa explosão de cores e brilho presente no figurino de muitos de seus admiradores. Foi a presença de palco, unida aos acordes glamourosos e secos de suas guitarras que desencadearam a “febre Glam” no mundo todo.
Representado por ícones como
David Bowie (acima), Lou Reed (com o Velvet Underground), Roxy Music e Secos e Molhados no Brasil, o Glam Rock caracterizou-se principalmente pelos cabelos coloridos, trajes espalhafatosos, pirotecnia, iluminações das mais diversas, fogo, fumaça, androginia e muita maquiagem, que vieram a influenciar também, outras bandas de Hard Rock, ou “Hair Bands”, onde os penteados eram o centro das atenções. Os grupos Poison, Motley Crüe e a roqueira Lita Ford (abaixo), são exemplos destas bandas, que retratam bem como a moda e o rock´n roll andam lado a lado.
Fato curioso é que nos dias de hoje, ainda existem milhares de fãs destas bandas que seguem fielmente seu estilo, colorindo os lugares por onde passam. Em sua maioria têm de 16 a 25 anos de idade e nem sonhavam em nascer quando o mundo foi coberto por purpurina e lantejoulas pelas bandas que escutam.
Um exemplo típico é a Piracicabana Daiane Taís Dias (abaixo), 20 anos, reconhecida como Daia "Daredevil”, nome da banda de Hard Rock onde é vocalista. Em seu guarda roupa não podem faltar peças justas de couro e muita estampa de bichos, a sua preferida é a de Zebra.
Diretamente influenciada por uma “cria” direta do movimento, a banda Poison, Daiane possui tatuado em seu braço o emblema da banda e diz ter começado a curtir o glam rock há pouco tempo, pois seu estilo preferido é o Hard Rock, mas como estão interligados, não teve como fugir. E ela é categórica ao afirmar que não está nem um pouco preocupada com a opinião das pessoas quanto ao seu modo de se vestir e que não muda seu estilo por ocasião nenhuma. “Quando eu saio, as pessoas ficam olhando, apontam, nunca sofri preconceito, mas elas não param de olhar”, diz.
Basta circular pelo
Hammer Rock Bar, tradicional bar rock de Campinas, em uma típica noite “Hard”, para ter a certeza que por muito tempo as lantejoulas, meias arrastão e garotos maquiados com calças de couro justas, continuarão a perpetuar o brilho e a rebeldia marcante que deixou marca na história da música.(Tahiana Silva Carnielli)






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