quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Cores exóticas invadem os gramados

No futebol não são somente os grandes jogadores que fazem a alegria dos torcedores, mas uma nova mania tem tomado conta dos apaixonados pelo esporte, como as camisas que os jogadores utilizam durante os jogos. Para acompanhar esta nova tendência, muitos clubes apostam em inovação e marketing para poder vender mais, gerando maiores receitas. Um destes exemplos é o Palmeiras, que investiu em uma aposta ousada, mas que conquistou os torcedores, a camisa em uma cor nada comum, ou seja, exótica, o verde-limão.

Longe das cores originais do clube, que usa um tom mais escuro de verde, o clube paulista colocou a venda e somente em dois meses de venda, a camisa é um sucesso de vendas, e mesmo com o preço elevado (R$ 139,00) é difícil encontrar para a compra, pois a procura tem sido muito alta. Para se ter uma idéia em números, no primeiro dia de venda, 1.500 pessoas adquiriram a camisa, e com isso, puderam participar de uma foto ao lado dos atuais e ex-jogadores do clube. Mas detalhe, estes torcedores não conheciam a camisa, comprando na sorte.

Segundo a Adidas, fornecedora de material esportivo do clube, cerca de 15 mil uniformes foram vendidos nos primeiros dias. O diretor de marketing da empresa alemã, Luciano Kleiman, revelou que foi uma iniciativa foi um dos maiores sucessos, que trouxe um excelente retorno econômico e marketing.

"A idéia da terceira camisa é juntar inovação e a tradição dos clubes. O plano foi inovar. A cor é contrastante. Criamos uma oportunidade de geração de receita para o clube e para o fornecedor. Tivemos uma resposta positiva. Agora, está faltando camisa. Também há o fato curioso de que ela deu sorte. A torcida tem dado uma resposta extraordinária", disse o diretor.

Em cinco jogos que o clube disputou com a camisa verde-limão, venceu quatro e perdeu somente uma partida. Para o atacante Rodrigão, a camisa precisa ser utilizada em mais partidas, pois a considera pé-quente.

"É motivo de alegria utilizar uma camisa diferenciada. Sabemos da tradição do clube no verde mais escuro, mas esta camisa tem dado sorte nos jogos e isso precisar continuar. Os adversários brincam fazendo ironias em relação a cor, mas vencendo os jogos podem brincar à vontade", revela o jogador que usa a de número 29.

Mas alguns jogadores não concordam com a escolha pela verde-limão. Uma destas pessoas é ninguém menos que o ex-goleiro Oberdan Cattani, o primeiro grande goleiro do Palmeiras. Além disso, Cattani relembra que a mística em outras camisas já foi colocada em questão, mas que não deu muita sorte.

"A camisa é bonita, mas tradição é tradição. Sou mais pela verde. Quando usaram azul fui contra [final do Campeonato Paulista de 1954, quando empatou com o Corinthians e foi vice-campeão]. A camisa tradicional tem de ter gola branca, punho branco e aquele verde", disse o ex-goleiro.

Outros clubes com cores exóticas!
Em 1970 o América-MG já havia usado da mesma cor verde-limão para produzir o uniforme de jogo. Além do time mineiro, o próprio Palmeiras, em 2006, usou do artefato para produzir uma camisa na cor prata, mas esta não emplacou nas vendas. Outros times brasileiros também apostaram em camisas diferenciadas, como o Corinthians ao lançar uma versão preta com listras douradas. Além do São Paulo, que mudou as tradicionais faixas: vermelho, preto e branca, da horizontal para a vertical, mas sucumbiu em criticas.

Na Europa a moda pelas camisas de cores fora dos padrões tradicionais dos clubes são mais valorizadas e menos criticadas, exemplo disso são: Chelsea, Liverpool e Manchester da Inglaterra, com cores verde-limão, amarelo e preta, respectivamente. Na Espanha a moda também deu certo, exemplos são: Barcelona, Real Madrid e Valencia, respectivamente com as cores: laranja, roxo e preto.





Guto Marchiori






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